Imagem:http://blog.tribunadonorte.com.br/heitorgregorio/carlos-eduardo-e-alvaro-dias-comemoram-vitoria-com-carreata-de-mirassol-ate-zona-norte/
O Rei mandou cair dentro da folia
Com a tribuna motorizada ele fez um palanque de vitória
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Passada a euforia, um tempo para analisar os fatos, as fotos, e os percentuais alcançados. O prefeito foi eleito no primeiro turno, ganhando com mais de 60% dos votos coletados. Mas o resultado percentual apurado nas urnas, não representam o mesmo percentual da população, fixa ou flutuante. Não estão computados os faltosos; os que ainda não votam; os que optaram em não votar; e os que residem mas ainda votam em outro município. Foi uma euforia e alforria de vitória além da contra. E o candidato apontado como vencedor tomou um porre de felicidade, resolveu sacudir e zoar toda cidade. Era primavera e na lei de Roma é a alegria que impera.
O Rei Carlos Eduardo mandou o povo cair dentro da folia. E lá foram eles em mais uma carreata, circulando por avenidas mal asfaltadas, com certeza não respeitando as possíveis ciclovias encontradas no caminho. E lá foram eles por ruas esburacadas, espremendo o povo pelas calçadas..
Segundo o registro de Heitor Gregório, o prefeito de Natal, junto com seu vice comemoraram a vitória com uma carreata histórica, partindo da árvore do Mirassol seguindo até a Zona Norte. A Zona Norte da cidade que sofre um apartheid da cidade, localizada do outro lado do rio.
Diz ainda Gregório que a carreata tinha a participação de Agripino Maia e Garibaldi Filho, lideranças históricas da terra, lembranças dos tempos de coronéis. A carreata que era composta por um trio político, em espaços destacados, no alto da boléia, para serem vistos, e eram aguardados por um trio elétrico, com os pés no chão.
Além do trio à bordo outro trio estava na avenida do arrabalde suburbano, do outro lado da ponte, que divide Natal em positivo e negativo. A tão sofrida Zona Norte, lembrada nos tempos de eleições, e quando serve de passagem ou caminho para as praias do litoral Norte.
Mais um detalhe importante, Natal é a capital do estado, e a principal cidade da Região Metropolitana obviamente. Logo uma cidade que não atende unicamente seus eleitores residentes e domiciliados, mas uma população variável entre os que residem e os que diariamente se destinam ao centro da cidade, mais aqueles que vão em busca de diversão e entretenimento nos aparelhos públicos da cidade com esta finalidade.
Seus atos de comemoração da vitória estão refletidos nas ruas. Basta uma expectativa de um jogo ou de uma vitória, em um dos clássicos de futebol na cidade: América x ABC ou ABC x América, que o povo coloca seus carros nas ruas, Uma carreta não combinada em direção ao estádio. E carros são estacionados dos dois lados das ruas, reduzindo o fluxo de trânsito, causando enormes engarrafamentos.
No dia da votação inúmeros automóveis foram estacionados ao longo de uma guia (meio fio), com faixa amarela contínua e piso táctil, e carros sobre as calçadas cobrindo a referida faixa amarela. Ainda que seja considerado que a escolha do local de votação, seja a mais próxima da residência. O hábito do prefeito em andar de carro e fechar as ruas, ainda influencia o dia a dia, de sair de carro e se dirigir a padaria mais próxima, estacionando carros fechando a porta do estabelecimento. O mesmo vale para outros tipos de estabelecimentos, onde motoristas insistem em estacionar seus veículos com potência calculadas em cavalos. O velho hábito de amarrar a montaria em frente a bodega. O prefeito como capataz da fazenda asfaltada, deve deixar as cantigas de grilo e convocar o seu povo: Oxente…. arre égua ! Vamos deixar de arengas e brecheio na borréia da cidade. Basta de cangueiro !!!
A cidade está sendo dominada e ocupada por carros, e ainda não houve um prefeito ou um legislativo que tomasse uma providência Para um novo mandato não basta prometer que vai fazer muito mais, baseado no que foi feito. Ainda falta fazer tudo que foi prometido anteriormente, tudo o que deveria ser feito, e deveria estar pronto e funcionando.
RN, 09/10/2016
Texto de Heitor Gregório:
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