segunda-feira, 26 de setembro de 2016

domingo, 18 de setembro de 2016

#Trocando12por1dúzia

#Trocando12por1dúzia
#Trocando12por1dúzia
#Trocando12por1dúzia
#Trocando12por1dúzia
#Trocando12por1dúzia
Acione Transponder
A relatividade de um metro quadrado (1m2)
A transferência da responsabilidade
Casa de ferreiro espeto de pau
Cenas de uma cidade má administrada
Coxinhas Urbanas (os)
Desafios para a cidade de Natal
Deuses em 3D (1) PDF 550
http://www.publikador.com/politica/roberto-cardoso-(maracaja)/deuses-em-3d-1
http://bureaudeinformacoes.blogspot.com.br/2016/01/deuses-em-3d-1.html
Deuses em 3D (2) PDF 551
http://www.publikador.com/politica/roberto-cardoso/deuses-em-3d-2
http://digestaodepessoas.blogspot.com.br/2016/01/deuses-em-3d.html
Deuses em 3D (3)
E se Natal não tiver HUB?
HUG BUG HUG BUG
Legislando sobre a calçada alheia
Manifestação silenciosa
O clone e o drone
O problema das árvores em Natal/RN
O velho truque de apontar dificuldades para vender facilidades
Procura-se um trunfo para o HUB
Retratos de comportamento
SGA - NAT/SBSG
Uma manifestação diária que acontece nas ruas
(Lam+Tam): saída pela esquerda





sexta-feira, 16 de setembro de 2016

TCP - Tecendo Críticas Posteriores PDF 736

TCP - Tecendo Críticas Posteriores
PDF 736


TCP - Tecendo Críticas Preliminares foi publicado em 15 de março de 2016 no Substantivo Plural (http://www.substantivoplural.com.br/). E na data de 14 de setembro (2016), não foram percebidas mudanças. Muitos quando consultados alegam e se conformam, dizendo ser típico do serviço público. O  modus operandi dos administradores, de não fazer o que cobram. O ato comportamental de quem administra o espaço público: a cidade, o estado e o patrimônio público, devendo zelar pelo conforto e segurança do cidadão, dos que pagam seus salários, e suas despesas.
As dificuldades de acessibilidade no TCP - Teatro de Cultura Popular continuam, começando pela calçada onde os pedestres não conseguem acessar a rua, atravessar a pista e chegar na outra calçada, do outro lado da rua. Há carros enfileirados na porta do teatro. Um fato que também dificulta o desembarque de deficientes, idosos, cadeirantes; todos que tenham alguma dificuldade de locomoção, mas desejam frequentar um teatro. Falta um espaço reservado, para embarcar e desembarcar as armas; as tralhas e as bagagens, de quem vai fazer uma apresentação.
Tecendo Críticas Posteriores ao Teatro de Cultura Popular, não pelo conteúdo apresentado, mas pela embalagem confeccionada, a caixa cênica. Um local que tudo indica, tem a função de preservar e divulgar a cultura popular na tal cidade. E preservar a cultura requer preservar quem faz e quem consome cultura. Preservar os que estão dispostos a ficarem sentados e quietos em uma sala escura.
Natal guardou na memória do povo e nas ruas, os versos de outrora, ao se vangloriar quando tinha um poeta em cada rua e em cada esquina um jornal. A produção e a divulgação da cultura em forma de poesia, quando os poetas das ruas tinham o recurso de uso da mídia escrita, encontradas nas esquinas. Como diz Leocy Saraiva em um de seus versos: “... A cidade nos retrata, nos obriga a conveniências… “ (Versos Temporais. CJA, 2016). Leocy não se refere a um local ou um tempo, podendo ser no presente ou no passado, em qualquer local público, até em um teatro. Existem regras que precisam ser reconhecidas e respeitadas para haver uma convivência mútua. E a cidade tem uma linguagem, para informar seus acessos, sejam eles privados ou liberados.
Os jornais vão se extinguindo em sua forma impressa, as pessoas da cidade tem pressa, precisam das notícias na palma da mão. E desaparece do espaço geográfico não só o jornal, mas os responsáveis pela sua distribuição: o jornaleiro e o gazeteiro. Os livros ainda resistem e precisam de espaço para serem lançados, vendidos ou oferecidos.  E até espaços para serem lidos, como bibliotecas. Nas ruas reduziram os poetas, e as ruas foram tomadas pelos carros, como símbolo do poder econômico e da pressa.  E o teatro é o espaço para os corpos mostrarem suas linguagens, ditas ou encenadas, usando o corpo como mídia.
Em Natal há carros enfileirados de uma esquina a outra esquina, impedindo pessoas e poetas de atravessar as ruas, mudando de rumos e de calçadas. Difícil fazer versos, se não é possível mudar de linha ou de calçada, alterando o passo e o compasso. São os pés que desenham e escrevem caminhos pelas calçadas. A cidade ainda é um rascunho, e precisa ser passada a limpo. precisa ser pautada para soar como música, tendo os cidadãos como notas.
A calçada do teatro citado na tal cidade, está tomada de carros, impedindo o livre acesso a quem queira ver e divulgar a cultura no espaço reservado. Carros impedindo a chegada de um público com dificuldades de locomoção. Não há um espaço reservado para embarque e desembarque, com uso rotativo, sem permitir o estacionamento. Existe uma placa deteriorada desde o texto anterior (15/03/16). Ficando um claro descaso das autoridades competentes, em uma rua escura, no controle do trânsito, deixando o usuário com a cara amarela. Os Amarelinhos não aparecem no escuro da rua arborizada.
A longa rampa de acesso para o teatro, facilita o acesso de cadeirantes, apenas sendo empurrados. Mas também deixa outros problemas entrarem, como a falta de acessibilidade na calçada. Sem avaliar a angulação, se permite que um cadeirante consiga subir com o próprio esforço, sem precisar de ajuda. O poder público que define e cobra as regras, como sempre não faz o dever de casa, o fato é comum em manifestações populares. O fato de não ser observado que populares podem ter dificuldades de deslocamento. Até o atual prefeito, promove engarrafamentos na sua campanha de reeleição. Desfila em um carro tal como destaque de escola de samba; o rei acenando para seus súditos. Promovem buzinaços na porta alheia. A FLIN deverá repetir os fatos tal como na edição anterior, caracterizando uma festa na FLINstones.
No espaço do palco, e do público com as cadeiras no auditório, continuam os problemas. A dificuldade de deslocamento para um cadeirante. A falta de um espaço reservado para o cadeirante estacionar, e assistir ao espetáculo A falta de cadeiras mais largas que comportem os obesos. A regra é clara. E falhas no acesso a saida de emergencia. Não há espaços reservados e marcados, espaços e assentos reservados com acompanhante, para pessoas com cadeira de rodas, com mobilidade reduzida e obesos (NBR 9050/2004).
Os espaços fora da sala de teatro, ainda podem se tornar um outro capítulo, com avaliação dos espaços usados antes do espetáculo e nos intervalos, a hora de esticar as pernas. Com as barras junto ao sanitário, e uso das pias. Com a regra do giro da porta, é ser para fora. Tudo precisaria de uma avaliação detalhada.
Só os bravos conseguem superar as dificuldades oferecidas pelo teatro
Parabéns  a Junior Dalberto, a Leocy Saraiva e Luana Vencerlau, que venceram as barreiras impostas pelo teatro e levaram suas artes para o espaço aberto e incompleto, inacabado, com dificuldades de agenda. Mas conseguiram, realizar seus atos, recebendo seus amigos e convidados. Que o Ventre de Ostra se abra como um livro de Versos Temporais.

RN, 16/09/2016
BRAVO !!
Versos de Ostra em Ventres Temporais
RN
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Foto: Junior Dalberto
TCP - Tecendo Crítica Preliminares:

Festa na FLINstones (Parte 1)
Texto disponível em:


Festa na FLINstones (Parte 2)
Texto disponível em:


Roberto Cardoso (Maracajá)#BLOGdoMaracajá.jpg


Em 16/09/2016
Nas terras do Paquiderme Norte-rio-grandense

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Mentes mentecaptas

Mentes mentecaptas
PDF 731


#BLOGdoMaracajá.jpgQuando mentes captas
DAS vias DESvios DIStúrbios
DA mente DEmente
Dar mentes gera Dormências


Sem mentes, não há sementes;  semeie sementes
Sem mentes, só mentes
Sê mente, seja mente


Simples ou Complexo, não fomente,
Simplesmente Comente

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Mameluco maluco e Cafuso confuso

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Mameluco maluco e Cafuso confuso
PDF 730

Um mameluco maluco que ronda a cidade, convocou o povo para uma aula de maquiagem silvícola. Esta emancipado, tem CPF e RG, pode até ter Lattes, pois parece estar inscrito no mestrado. Ainda há suspeitas que tenha uma CNH, e até pode usar um carro bugre ou selvagem, compatível com seu perfil profissiográfico. Pode até ter registro no TRE/TSE. Mas é meio cafuso e meio confuso.  E com um agravante, o mestiço catimbozeirro,  está muito distante de suas origens. Pensa na Jurema e faz leituras da Bíblia; lê Castro Alves e Milton Santos, quiçá Ruy Moreira e Bherta Becker. Yves La Coste.e Dee Brown, quiçá Gramsci e Kant. Ingressou na universidade e fez um norteamento do seu pensamento e conhecimento, deixando a floresta para trás, ficou suleada como diria Paulo Freire. Agora vem fazendo um uso de marketing, e culmina com uma tentativa de um merchandising de suas possíveis raízes, quer pintar o povo todo de índio, tentará ensinar mulheres a se pintar. Trabalha a serviço da tecnologia e do desenvolvimento, deixando moléculas de monóxidos pelas ruas, e dióxido sobre os papéis de desenho. E ainda defende a floresta.


Convocou o povo da aula de maquiagem, que levem o material necessário em suas necessaires: Oxente é preciso levar pinceis e tintas antialérgicas, disse ele pela porta voz de outras tribos, mas com sua oca em terras potiguares. Pediu pinceis sem especificar os tipos: sintéticos ou de pelo de marta; não definiu as marcas: tigre ou asiático. Pediu tintas sem definir as cores e o tamanho do pote. Talvez águia ou americanizada. Prefere o pincel ao uso dos dedos, prefere as tintas industrializadas às pigmentações que podem ser obtidas na natureza.


Suas habilidades e necessidades artísticas já não lhe permitem usar uma folha de bananeira ou um papel sulfite, mas minimamente um papel Canson, em papel vegetal ou outras variedades com gramatura e textura especificada. Não usa tintas e cores obtidas na natureza, prefere os crayons e as aquarelas importadas. E finaliza seus trabalhos com verniz em spray, para que sejam perpetuados. Está muito longe de suas origens e suas tribos, sua piroga esta perdida nos rios de asfalto com peixes motorizados. Não enxerga mais o Sol escondido pelos prédios e por seus óculos escuros. Mantem seu pescoço abaixado, para saber as mensagens dos deuses, que chegam como mágica na palma de sua mão.


Precisa agora sair em busca do conhecimento, do caminho das índias para chegar aos temperos e esperarias, para aprender e fazer seus usos diversos, nos saberes e nos sabores. Está longe da floresta para obter pigmentos coloridos, mas existem vários supermercados e hipermercados no seu caminho, onde pode obter óleos vegetais, cúrcuma e urucu; tapioca e carvão. Assai, jojoba, babosa e açafrão. A índia cicerone conhece os atalhos, para chegar em mercados dos tempos antigos.


Há uma probabilidade grande, de que o silvícola boa-vistense aprenda muito na cidade, nas cidades de outras tribos excursionadas, e aprenderá mais sobre suas origens e suas tribos. Lugares urbanizados, mas que guardaram uma história com palavras, utensílios e alimentos. E assim poderá afastar as suas urucubacas impregnadas e contaminadas pelos miasmas da ciência e da tecnologia.


Uma cidade guardou a herança cultural dos índios potiguares, mesmo sendo ocupada ou invadida por portugueses, americanos e holandeses. Ainda consome ginga, tapioca e cuscus; grude feito sobre uma  placa de pedra e farinha tirada do tipiti. O homem do campo, da mata ou da cidade, aprende muito mais em viagens do que quando estuda, o que esta contido nos livros. E até das viagens onde a boca fica ardida, por excesso de pimentas variadas. São das viagens que surgem os livros, de caráter poético,  literário ou cientifico, cada um com um modelo próprio de escrita. não importa a viagem temporal ou atemporal, pelo matéria ou pelo espírito. É preciso evoluir no tempo e no espaço. Qualquer curso universitário impõe um conhecimento, não desejado, alem da intenção do aluno.


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Em terras potiguares


12/08/2016


Roberto Cardoso
RM & KRM


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O índio que vendeu a alma para a ciência
Damurida

sábado, 10 de setembro de 2016

O índio que vendeu a alma para a ciência.

O índio que vendeu a alma para a ciência.
PDF 729


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Karl Marx disse que ser comunista, não significa fazer votos de pobreza. O homem deve e pode usufruir do conforto e da tecnologia. E como disse Freud, o trabalho pesado e repetitivo dever ser para as maquinas, o homem foi feito para pensar. Compreendemos que os chineses e japoneses possuem um cultura milenar, usam de conforto e tecnologia, e preservam seus conhecimentos milenares. E assim também entendemos que um índio possa atualizar seus comportamentos, usufruindo de um conforto, e usando a tecnologia ofertada no momento.


Mas há índios que se perdem no conforto e nas facilidades encontradas, e no seu aprofundamento na ciência. Ingressam na faculdades e não constroem um pensamento critico, que possa usar como arma para evolução pessoal e do seu povo. Assim como fez Marx que não era acadêmico, mas usou do conhecimento da academia para produzir um conhecimento. Um índio que cursando geografia, talvez não saiba interpretar um mapa com usos e escalas.


Índios estilizados que mudam para centros urbanos, e se envolvem intensamente com a tecnologia que cabe na palma da mão. Participam de eventos culturais com seus equipamentos ligados e conectados, perdendo a oportunidade de divulgar sua cultura. Usam seus ornamentos como estrategia de marketing, quando lhe convém, um cocar para cada momento. Fazem poses de pajés e cacique, sendo apenas uma abelha operaria trabalhando para a rainha. E vão abrindo precedentes para serem recebidos  em espaços culturais e cidades diferentes, com a ideia reducionista, construída pelas elites dominantes, na detenção do conhecimento.  


Ouvem zumbidos e burburinhos distantes, e acreditam no que ouvem, sem saber utilizar o conhecimento aprendido, de uso da investigação para tirar suas próprias conclusões. De investigar, testar e reavaliar. Ou talvez sigam orientações de Jaci e Tupã, que lhe acompanham em todos os lugares, escondidos pelos óculos escuros, e com suas falas que podem ser confundidas pelo fones de ouvidos, ligados em musicas urbanas.

Um índio saiu da floresta para se perder nas cidades grandes. Visita cidades expondo seus trabalhos, dizendo ser escritor, poeta e artista. Deixou seus hábitos e costumes em alguma maloca, antes de entrar em cada cidade, comporta-se como um bugre. Acredita que vai vencer e sobreviver comportando-se como o homem branco, desfilando no asfalto, com tralhas e bagagens, já que não sabe se expressar como deve chamar seus companheiros silvícolas, só sabe utilizar o vocabulário da cidade, o vocabulário dos alfabetizados, de uma linhagem histórica. Diz que outros índios são seus parentes, esquecendo a língua nativa. Até com suas definições de comidas e costumes, assumiu dizendo em publico uma definição tradicional do homem urbano construído pelo fenômeno da civilização. A história contada na tribo não passa de uma lenda. Suas sopas agora não são damurida, devem estar em envelopes lacrados, dizendo serem instantâneas e suficiente para uma caneca, bastando adicionar água quente,. Podendo adicionar pimenta à gosto.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Arquétipos literários apodienses

Arquétipos literários apodienses
PDF727

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Dos índios herdaram as informações escritas nos corpos, com tintas, acessórios, complementos e cores, obtidos na natureza. Já realizavam a interatividade correta, a do uso sustentável, que o homem moderno aos poucos vem descobrindo a necessidade. Precisam sobreviver e recuperar o planeta, deixando um pouco de esperança para as próximas gerações. Esgotaram o planeta consumindo suas reservas: minerais, vegetais e animais, transformadas em valores econômicos.

O corpo como a mais antiga mídia de transmissão de informação e de conhecimento. Os saberes definiam os usos e os costumes. As cores e os enfeites podiam definir um objetivo, um ato isolado e uma tribo. As feições faciais, com o porte de instrumentos de caça ou de guerra, poderiam definir seus objetivos; uma caça ou uma pesca; uma festa ou uma guerra.

Dos povos antigos, perdidos na linha do tempo, herdaram um tipo de escrita, feitas com símbolos e desenhos sobre a superfície de uma rocha. Uma mídia que suportou as intempéries ao logo do tempo. Diferente do livro que precisa ser protegido da chuva e da umidade, dos fungos e das traças, da luz intensa e do Sol. A grande vantagem [do livro]  é que pode ser transportado, ao contrario da rocha que não tem mobilidade, mas serve aos que ocupam o espaço a sua volta. E o nativo daquela época, seguia para outras paragens, para levar as informações que estavam arquivadas na rocha. As informações de hoje podem até estar arquivadas nas nuvens, e em outros tempos podiam estar em fumaça, ou mesmo em batidas em troncos, produzindo sons que ecoavam pelas florestas. O conhecimento é um capital imaterial e intelectual.

Próximo ao rio Apodi encontramos “O valor da Chapada”, que começa a sua história escrita, nos tempos modernos, com uma disputa entre índios e colonizadores. Antes das lutas e das disputas armadas, pela ocupação das terras, podemos minimamente afirmar que palavras foram verbalizadas por ambos os lados, trocaram sorrisos ou farpas. Mas não foram filmadas ou gravadas, não há vídeo ou áudio que retrate aquele tempo. Mas informações estavam inscritas em suas vestes e seus vestuários, em suas faces, mostrando quem eram e quais seriam seus interesses e objetivos. Usaram do seu conhecimento, para ocupar um lugar, no espaço e no tempo. E ficou como sua padroeira Nossa Senhora das Dores.

Hoje alguns excursionistas, livreiros e escritores, vindos de outras terras podem levar agora outras noticias, obtidas em outras terras, transmitidas por outras mídias, denominadas agora de livros. Folhas impressas que não são amarradas com embiras ou coladas com visgos obtidos da natureza. Mas são folhas de papel surgidas de outras folhas com seus troncos e galhos.

Agora a mídia é manufaturada, a arvore foi transformada, criando uma mobilidade de suas fibras e células, restou a sua essência de transferir ideias e pensamentos. As mesmas arvores que um dia transformadas em canoas, levavam o corpo indígena como mídia, para outros pontos de um mar ou um rio. quando os nativos transferiam as informações e os conhecimentos. Agora as arvores foram transformadas em livros. Criados com maquinas desde os primeiros momentos: com símbolos, com as letras, que juntas formam palavras e orações. Transferem sentimentos e emoções. Transferem sons que ecoam na mente.

Os excursionistas podem ter um novo objetivo, atualizado no tempo. Ocupar as mesmas terras que um dia foram disputadas. Ocupar a terra com seus livros e seus conhecimentos. Mas precisam travar batalhas, mostrar que possuem um conhecimento, que o povo daquela terra não possui, e pode adquirir. Um conhecimento registrado em livros e reconhecido por outros leitores acampados em outras terras.

E uma mídia, a das mais antigas observadas, não é esquecida pelos novos índios, agora livreiros e escritores: a mídia do corpo, que verbaliza a palavra, muitas vezes complementadas com símbolos e gestos, escritos e descritos no ar. O corpo também fala, fala a sua linguagem e a linguagem que esta contida nos livros. Não basta chegarem com suas armas, os seus livros. Precisam ocupar as terras a serem conquistadas, com a sua palavra e a sua presença. Mostrar que não vieram para uma guerra, mas para uma festa.


RN, 09/09/2016

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