quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

O olhar do prefeito sobre a cidade

O olhar do prefeito sobre a cidade
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Na tal cidade o prefeito faz um olhar da cidade sem pisar nas ruas, quiçá nas calçadas. Não usa transporte coletivo e nem alternativo. nunca foi visto em um táxi. Não chegou a rezar para Santa Maria e nem para Nossa Senhora da Conceição. Nunca andou pela Via Sul. Não é Riograndense, mas já conheceu a Guanabara. Tem carro pago pelo povo, com ar condicionado. E povo paga uma passagem para usar um buzão quentão.

Primeiro o tal da tal, anunciou uma agenda artística para o Carnaval, fazendo papel de secretário de cultura, com ares de secretário de turismo. Não podia perder a chance de fazer um merchandising da sua imagem, que anda meio queimada na mídia. Mas também parecia que já previa um caos na cidade vizinha. O governador aparecia na TV com pose de secretário de segurança, afirmando que tudo estava sob controle. Mas eram outros que assumiram um comando, poucos minutos após suas declarações em Brasília/DF, onde estava representando o estado.

Contradições do RN nas prefeituras e no estado, prefeito e governador fazendo papel de secretários, já que não cumprem seus papéis. E buscam responsáveis por suas ações e omissões, quando percebem o caldo derramado.

A situação agravou e o caos se instalou em Alcaçuz, na Floresta de Nísia, a cidade vizinha. Tal como parentes de presidiários correram da polícia, as equipes de marketing da prefeitura correram das redes sociais. E agora eles aparecem dizendo que estavam atentos aos acontecimentos, e anunciam uma decisão anterior de uma secretaria municipal da capital.

Anunciaram uma decisão da secretaria de transportes, dando liberdade a possibilidade de alguns veículos fazerem lotadas, diante o caos urbano implantado (uma repetição de fatos), com a queima de alguns ônibus, micro-ônibus e um carro, depois de uma ordem vinda de dentro do presídio. O poder penitenciário afetando o poder executivo.

E a secretaria de transportes urbanos liberou fazer lotadas, para facilitar aqueles que estavam nas ruas, sujeitos a não conseguir voltar para casa, com um redução do transporte coletivo. Liberou a lotada, e determinou que o valor cobrado deveria ser igual a tarifa atualmente utilizada. Um toque de recolher autorizado e justificado, todos precisam voltar para suas casas.

Nos dias normais já não existe uma fiscalização de qualidade e valores. não foi em um dia de caos que os fiscais foram para as ruas. Quando baixar a poeira o prefeito deverá voltar à mídia, oferecendo o circo, .já que o pão dos servidores continua atrasado.

Vai oferecer tapioca e rapadura. Forró para todos (for all). Precisa convencer o povo que o turismo é a salvação e identidade da cidade. Carnaval que pode aumentar a ocupação dos hotéis com turistas que procuram praias fora da capital. As praias que anuncia na tal cidade, mas não são suas.

E entre micaretas e picaretas, com praias de pedras enroncadas; areias, dunas e buracos de fugas. E no carnaval pode surgir um novo bloco nas ruas, o Unidos de Alcaçuz, que até já possuem um sindicato. Já fazem seus ensaios nas ruas, com máscaras e armados.


Em 19/01/2017
Entre Natal/RN e Parnamirim/RN

Roberto Cardoso (Maracajá)

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